Mais de 50 mototaxistas e familiares de Francisco Vieira Lima, 41 anos, assassinado na noite de sábado, 05, fecharam a Avenida Antônio da Rocha Viana, na madrugada deste domingo, 06, em protesto pela demora na liberação do corpo da vítima pelo Instituto Médico Legal (IML), de Rio Branco, que seis horas após o assassinato, ainda mantinha o cadáver no freezer da instituição, a espera de um médico legista para realizar a autopsia e fazer a liberação.
Francisco Vieira (o Turiba) trabalhava como mototaxista, quando foi assassinado com um tiro nas costas, na Rua da Torre, no bairro Boa Vista. De acordo com informações de policiais, a vítima teria pegado um passageiro no Bairro Aeroporto Velho, no Forró dos Velhos. Ao chegar à rua que ocorreu o crime, um disparo de arma de fogo foi efetuado em direção da motocicleta, atingido as costas do mototaxista, que morreu no local.
Cansados de procurar a direção do IML de Rio Branco, para pedir a liberação do corpo da vítima e ter como resposta, que não teriam médicos legistas para fazer a liberação do cadáver, os familiares e colegas de trabalho de Francisco Vieira, resolveram fechar a Avenida Antônio da Rocha Viana, próximo ao IML para chamar a atenção das autoridades. O protesto fechou os dois sentidos da avenida, causando transtorno aos condutores.
Segundo familiares da vítima, os plantonistas do IML teriam informado que o corpo seria liberado se aparecesse um médico legista, na manhã de domingo na sede do instituto, que de acordo com os manifestantes estaria sem legistas desde a última sexta-feira. A organização do protesto foi feita pelo presidente do Sindicato dos Mototaxistas, Pedro Mourão, que criticou o descaso com que as pessoas foram tratadas ao procurar a direção do IML.
“Todos os dias o governo fala em melhorias, mas não é isso que a população ver quando procura um órgão público. Se nos hospitais faltam clínicos gerais, no IML faltam médicos legistas para liberar os corpos para os familiares fazerem o velório. Isso é um absurdo. Ainda temos que aceitar a forma desrespeitosa com que os servidores públicos tratam a população”, diz Pedro Mourão.
O protesto foi encerrado por volta de 2h da manhã, depois que a direção do Instituto Médico Legal fez um acordo com os manifestantes, que desbloquearam a avenida com a promessa de que um médico legista iria ao IML fazer a liberação do corpo. Assim como no sistema de saúde pública, que sofre pela falta de anestesistas, o IML de Rio Branco passa por uma crise por falta de médicos legistas para atender as demanda da capital.
Fonte: ac24horas.com
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