CANDIDATOS PRECISAM DE NOVAS PROPOSTAS PARA 2012

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  • 30 de novembro de 2011
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  • O ano de 2012 marcará mais um grande desafio político para o Acre, com as eleições municipais. A grande batalha será pela prefeitura de Rio Branco. Para a Frente Popular, a vitória significará a manutenção da hegemonia municipal e o despertar de uma nova liderança, se a candidatura de Marcos Alexandre se confirmar. Para a oposição, a vitória representará uma cunha para abrir o caminho para conquistas maiores, em especial a disputa para o Palácio Rio Branco, em 2014.

    O panorama do leque de escolhas já está praticamente montado. O nome mais forte da oposição parece ser o do candidato do PSDB, Tião Bocalom, que traz para o processo o grande recall que seu nome tem junto ao eleitorado, ainda pela lembrança de seu bom desempenho nas urnas em 2010. Mas ele não caminha sozinho. O ex-deputado e ex-petista Fernando Melo quer a legenda do PMDB para a disputa e as possibilidades de composição se complicam com desbaratados bate-bocas entre membros de seu partido e de outras siglas que divergem da Frente Popular.

    Para Bocalom, entretanto, não basta sentar nos louros da campanha passada, quando se aproveitou de um momento especialmente difícil do governo anterior. A realidade política é dinâmica e hoje uma nova verdade se impõe, mostrando que tanto o prefeito Angelim como o governador Tião Viana conquistam ótimos índices de aprovação e que serão cabos eleitorais importantes para seu candidato.

    Às vezes a política gera surpresas, como a disparada final de Bocalom nas eleições para governador, mas não é certo que esse fenômeno se repita. A Frente Popular aprende com as lições e o governo, ao fim de seu primeiro ano, já mostrou uma disposição diferente do anterior, com um diálogo mais aberto e direto com a sociedade, remontando pontes que ficaram fragilizadas há pouco tempo. Por isso, o desafio para Bocalon tem que ser superado no nível do discurso. Afinar um discurso realista, que traga propostas de interesse da sociedade será o grande teste. Não basta o voto do contra, mas a hora é de projetos simples e exequíveis para a capital.

    Os moradores de Rio Branco pedem mais atenção à Saúde, mas a grande maioria, como mostrou a recente pesquisa A TRIBUNA, sequer consegue eleger um problema como prioritário na capital. É função da oposição orientar a população e isso não pode esperar a eleição, a campanha, a propaganda. É hora de começar a mobilização, já, se quiser qualquer chance de êxito.

    A tarefa do governo pode parecer mais simples, mas não é. As boas avaliações de prefeito e governador ajudam, a força reconsolidada de Frente Popular também, o quadro econômico, com os repasses federais é um alento, mas o Palácio Rio Branco está alerta e sabe que não pode relaxar um só momento, para não correr o risco de novas surpresas, como a do último pleito.

    O que tem se notado é uma nova disposição de luta e de trabalho, um chamado à militância que pode se substanciar no fortalecimento de um nome novo, sem ranço político, com propostas avançadas e discurso que atinge em cheio a juventude e os setores mais organizados do PT. Marcos Alexandre pode ser um injeção de novidade e renovação na Frente popular, um nome novo que certamente mobilizará a militância. Mas será um teste ousado para os padrões do PT, hegemônico há anos na política municipal e estadual. Mais uma vez vale o alerta do discurso. Não bastará só manter o mesmo jeito, o mesmo método, a mesma proposta. É preciso uma mensagem nova, embora sem rompimento e sem críticas à atual administração. Só o continuísmo será pouco para a eleição.

    Fernando Melo, ex-PT e hoje no PMDB pode ser um nome importante na disputa, se insistir em manter sua candidatura e se seu partido bancar a idéia. Experiente e conhecedor dos problemas da cidade, pode surpreender, se tiver assessoria, estofo e apoio dos caciques que ainda dominam o PMDB estadual.

    Os outros nomes são meros coadjuvantes. A deputada Perpétua Almeida (PCdoB) marca posição, depois da derrota de seu esposo para o Senado e não deve ser a aposta da Frente Popular. Candidatos anda menores, como Luiz Calixto, são pouco mais que líderes de si mesmos e querem mesmo é uma negociação boa que os tirem da disputa.

    De qualquer forma, as eleições para a prefeitura da capital em 2012 têm tudo para movimentar o ano político e atrair as atenções dos eleitores.

    Fonte: atribuna

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