OS PERDEDORES: E AGORA, O QUE ELES VÃO FAZER

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  • 27 de janeiro de 2011
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  • O longo deserto após a derrota nas urnas. O que vão fazer os deputados que não se reelegeram


    Donos de sucessivos mandatos, alguns derrotados nas eleições de 2010 se preparam para enfrentar um verdadeiro deserto.
     
    O desafio é como se manter na mídia e no cenário político, sem um cargo público, algo fundamental para as próximas eleições. Até 2012, alguns voltam a exercer suas funções de médicos, outros já foram agraciados em cargos no governo, mas nada igual à carreira de deputado e a administração de verbas que somadas, chegam até a casa dos R$ 90 mil por mês.

    Nem sempre, porém, a derrota nas urnas está relacionada à atuação parlamentar daqueles deputados que deixam o parlamento na próxima segunda-feira (31). “É o meu caso”, exclamou Luiz Calixto (PSL). Um dos deputados mais atuantes no embate entre situação e oposição, Calixto diz que uma eleição para deputado no Acre não leva em consideração a opinião de combater o desperdiço, a corrupção e a coragem de enfrentar o poderio governamental.

    - Ganha eleição no Acre quem tem esquema com Igrejas, quem tem rios de dinheiro para gastar, quem fica debaixo da asa do poder e em último caso, quem é beneficiado pela coligação. A eleição para deputado é uma disputa de varejo – avaliou o deputado.

    Membro titular da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Calixto foi autor do projeto do Diário Oficial publicado na internet e da criação do Procon no Estado. Apresentou na última legislação, 5 pareceres e 6 emendas modificativas. Calixto foi eleito com 2.489 votos em 2006. Em 2010, embora tenha aumentado sua votação para 2.668 votos, não conseguiu se reeleger. Calixto já cogitou disputar as eleições para prefeito de Rio Branco, em 2012. Funcionário público há 30 anos, ele volta ao batente na Secretaria da Fazenda do Estado, onde desempenha a função de fiscal de tributos.

    Nesta bancada de injustiçados pela atuação parlamentar, Idalina Onofre (PPS) e Donald Fernandes (PSDB), tem lugares assegurados. Donald volta a se dedicar a carreira de médico. Idalina na última postagem em seu blog de relacionamento, recomendou passeios de caiaque próximo à bacia do Igarapé Preto, onde passou parte das férias.

    Quem não está tão à vontade assim, são os deputados da chamada bancada dos mudos: Zé Carlos (PTN) e Dinha Carvalho (PR). Pretensos candidatos à prefeitura de Senador Guiomard, ambos ainda não apareceram nas nomeações de Tião Viana (PT) para cargos no segundo escalão. Tratamento diferenciado ao que foi dado ao deputado e candidato derrotado ao senado, Edvaldo Magalhães (PCdoB), nomeado no primeiro escalão do governo petista. Ele assume em fevereiro, a secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, que ele mesmo escolheu, ao dizer ao governador Tião Viana que “gostaria de não tratar mais na área política, com interesses de deputados”. Tião concordou e o comunista agora vai tratar do intercâmbio entre empresários brasileiros com o mercado andino.

    O também deputado governista Delorgem Campos (PSB) não atendeu ao telefone de nossa reportagem. Uma fonte do partido informou que Delorgem deverá ser candidato à prefeito no município de Brasiléia. Delorgem tem imóveis em Brasiléia e é funcionário de carreira do Basa.

    N. Lima, ainda luta na Justiça para ter o mandato de volta. Ele teve o registro cassado por compra de votos. De acordo com a ação do MPE, N. Lima teria comprado votos (art. 41-A da Lei 9.504/97) por ocasião do desfile de uma comitiva durante a abertura da Expoacre 2010, com a distribuição gratuita de comidas, bebidas e camisas com as frases “Guerreiros da Luz”, “Rancho W.W.U.C.”, “Paraíso dos meus sonhos”, “Deus te ama e eu também” e “100% popular”. Lima é tenente da reserva da Policia Militar do Acre.

    O ac24horas não conseguiu falar com os deputados Luiz Gonzaga (PSDB) e Josemir Anute.

    Jairo Carioca - Da redação de ac24horas

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