TIÃO VIANA FAZ BALANÇO GERAL DAS AÇÕES DO SEU PRIMEIRO MÊS COMO GOVERNADOR DO ACRE

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  • 1 de fevereiro de 2011
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  • Da redação do Balanço Geral

    Governador quer mudar o paradigma do Acre de ter no contracheque do servidor público a maior fonte econômica

    Governado do Acre Tião Viana fala tudo

    Depois de um mês como governador do Acre, Tião Viana (PT) fez um relato exclusivo ao Jornal A Gazeta das suas principais ações. Destacando o diálogo constante com lideranças católicas e evangélicas, Tião Viana tem ouvido também os vários outros setores políticos e sociais acreanos. O governador faz questão de ressaltar as ações emergenciais nas áreas de Segurança Pública, Saúde e produção rural e os resultados que já surgiram. Aos aliados políticos da Frente Popular ansiosos por nomeações, pediu paciência. “Vamos priorizar os concursos públicos e a escolha para os cargos de confiança serão muito criteriosas levando em conta, principalmente, a capacidade técnica”, esclareceu.

    Segurança Pública

    Uma das áreas mais delicadas do Governo tem merecido uma atenção especial da atual gestão. O governador ressaltou a diminuição dos homicídios no Estado de 14, em janeiro de 2010, para nove, em 2011. “A Polícia Comunitária é o eixo central da nossa política de segurança com o auxílio da inteligência. Temos três ex-superintendentes da Polícia Federal ocupando postos estratégicos na Segurança. O Reni, o Dirceu e o Paixão. Além de mais uma especialistas em inteligência do Ministério da Justiça que está ficando com a gente. O modelo prevê também uma abordagem de inteligência no Iapen que tem um grande potencial explosivo”, ressaltou.

    O trânsito em Rio Branco também está merecendo ações especiais para diminuir o número de acidentes. “É bem mais alto o índice morte no trânsito do que por armas. Estamos pintando a faixa de pedestres com tinta especial para que as ruas sejam das pessoas e não só dos carros. O motorista tem que respeitar o pedestre que entra na via. Em Brasília isso funciona muito bem. A velocidade e a bebida também vão ser fortemente atacadas. Vamos dar um prazo de 60 dias com educadores e orientadores de trânsito. Depois o embate vai ser duro. Os caminhões madeireiros que destroem o asfalto o Deracre está dando uma semana para se adequarem aos 9800 quilos por eixo e quem não cumprir vai ter o caminhão apreendido”, destacou.

    Saúde     

    Um dos maiores desafios de Tião Viana, até mesmo por ser médico epidemiologista, é fazer da saúde pública do Estado um exemplo positivo. Ele falou de algumas ações emergências que foram realizadas e os resultados obtidos. “A malária já teve uma redução de 30% em relação ao ano passado e a dengue está apresentando uma tendência de queda em torno de 14,5% nas primeiras três semanas do ano. Isso graças ao modelo de atendimento de unidade que implantamos com o Estado auxiliando a prefeitura. São 52 médicos a mais que estão trabalhando em relação ao ano passado. Estamos nos principais bairros de Rio Branco com atendimento integral. Tudo isso associado com o novo Pronto-Socorro que no máximo em trinta dias estará sendo inaugurado. Até março a população vai sentir que o acesso aos serviços de saúde pública aumentaram muito”, garantiu.

    Setor produtivo

    Tião Viana quer mudar o paradigma do Acre de ter no contracheque do servidor público a sua maior fonte econômica. Por isso, nos primeiros 30 dias de gestão desfechou uma série de iniciativas para aumentar a produção rural e preparar o cenário industrial do Estado. “O setor produtivo está no centro do nosso interesse. Fui visitar na estrada de Boca do Acre, no Quinoá, uma área de produção de um cidadão que está fazendo parceria para a construção de tanques de piscicultura. Estamos fazendo isso também em Cruzeiro do Sul. O modelo que estamos utilizando é do Projeto Pacu do Mato-Grosso, o que existe de mais avançado em tecnologia. A nossa meta é de fabricar entre 2.500 a 5.000 tanques. Já estão disponibilizados R$ 11 milhões só para a construção dos tanques. Um hectare de água gera 10 toneladas de peixes a cada 10 meses”, salientou.  

    O governador explicou as razões do incremento na piscicultura acreana. “O mercado de peixe está positivo. Um quilo de surubim vale 18 euros o quilo. A R$ 42 se vende facilmente toda a produção. O grupo que está se instalando no Acre tem acesso a cadeia de comercialização e a produção é de curto prazo. Custará R$ 10 milhões um frigorífico de peixe em Rio Branco com filetagem e o aproveitamento até do couro. Em janeiro do ano que vem estará pronto. No Juruá haverá uma unidade de R$ 3 milhões que vai cortar e congelar o peixe. Teremos ainda uma fábrica de ração. Os produtores já compraram as máquinas que em março estarão funcionando. Estamos realizando isso com recurso dos próprios produtores além do BNDES, do Fundo Amazônia e do ProAcre”, revelou.

    Incremento da lavoura

    Uma das teses de Tião Viana é que os pecuaristas estão encontrando novas oportunidades produtivas para utilizarem as suas terras. “Os produtores de gado têm mostrado fadiga e começam a ver que investir na lavoura a vantagem comparativa é maior. Se olharmos o milho a R$ 25 a saca, o feijão, a fécula da mandioca, que só o Paraná está vendendo 98 mil toneladas para a Zona Franca de Manaus para fazer a cola da caixa de papelão, comprovaremos as vantagens. Tem pecuarista com duas ou três fazendas que já estão substituindo o gado por lavoura. O ciclo do gado parece começar a ser substituído pela agricultura e o peixe que dá uma margem de lucro de 30%”, argumentou.

    Ele considera a tendência de diversificação de produção rural no Acre importante. “Tem pecuarista partindo para a produção de piscicultura. Ele investe em 400 hectares de água com alta tecnologia. Com isso ainda sobra de cinco a sete mil hectares de campo que poderá consorciar florestas plantadas. Temos um projeto no BID de R$ 400 milhões para essa finalidade. As áreas degradadas servirão para essa atividade. Com isso o nosso projeto ganha uma feição ambiental e não perde o vínculo com a produtividade. Se nós ficarmos só na pecuária teremos uma pressão sobre a floresta para queimadas que não é algo atrativo”, explicou.

    Outro setor produtivo que merecerá investimentos é o de ovelhas. “O secretário de Agricultura, Mauro Ribeiro, terminou o processo burocrático para incentivar a criação de ovelhas no Estado. Ele acredita que no máximo em 15 dias chegam as primeiras 420 ovelhas das oito mil que nós compramos de uma emenda parlamentar minha para incrementar a atividade industrial com ovelhas. Vai ter um frigorífico especializado para o corte”, garantiu.
    Através dos manejos comunitários certificados de madeira Tião enxerga perspectivas para a melhoria econômica e a geração de empregos. “O setor produtivo rural está em plena atividade. No Juruá vamos instalar uma indústria de laminado em Cruzeiro do Sul que vai envolver 14 membros e gerar 300 empregos. Entre Tarauacá e Feijó será montada outra indústria com a geração de 1.160 empregos num investimento total de R$ 38 milhões”, avisou.

    Nomeações

    Indagado sobre a ansiedade de aliados dos partidos que formam a FPA e aguardam a participação no Governo, Tião Viana, foi sucinto na sua resposta: “Paciência! A gente tem que receitar o remédio de acordo com a dose. Austeridade é a nossa filosofia. O Governo do Acre vivia uma pressão grande por cargos de confiança. As gestões do Jorge Via-na (PT) e do Binho Marques (PT) tentaram travar esse modelo. Desde a Constituição de 1988 temos a orientação de que o concurso público deve ser o carro-chefe para o funcionalismo. Tínhamos uma situação de grupos de trabalho que tivemos que cortar por um Termos de Ajuste de Conduta com o Ministério Público. Os cargos de confiança estão sendo tratado com muito cuidado para que o critério da eficiência e do vinculo com atividade setorial escolhida seja correta. Não podemos abrir mão de associar a política aos critérios. Os partidos são tratados com muita atenção, mas o cuidado para as nomeação tem que ser grande. Os descontentamentos e a pressão são da natureza política. Mas as pessoas estão entendendo que temos que ter muito cuidado com o interesse público”, avaliou.

    Negociações salariais

    Aproveitando que comentava sobre a austeridade em relação aos cargos comissionados, o próprio governador, antecipou a questão dos dissídios coletivos do funcionalismo. “Um setor muito difícil da gestão são os reajustes salariais. Quando se fala em investimento se respira e quando se fala em custeio se está com água no pescoço. É preciso ter muita consideração nesse item. As partes vão ter que sentar na hora certa, refletir e entender as dificuldades do Estado quando ao assunto é custeio. O Acre é um Estado que ainda tem que superar a meta de arrecadação própria para sair da dependência do Governo Federal”, lembrou.

    Segundo Tião Viana, num primeiro momento, será difícil se pensar em grandes reajustes. “Se alguém tem alguma ansiedade de aumento salarial tem que observar a história. O governo do Orleir Cameli pagava R$ 16 milhões de folha. O Jorge entregou com R$ 62 milhões e o Binho com R$ 110 milhões por mês. O sistema previdenciário do Estado está no limite e qualquer passo em falso poderemos ficar sem dinheiro para pagar aposentados e servidores. Temos que ter a mais absoluta austeridade por respeito aos próprios servidores”, destacou.

    Apoio parlamentar

    Hoje começam as atividades no Congresso Nacional e na Aleac. Tião Viana, não tem dúvida que poderá contar com a bancada federal acreana. “Os nossos parlamentares têm dado um exemplo maduro das regras do financiamento público do Estado. Não têm agido para boicotar recursos públicos e têm respeitado o Orçamento Geral da União usando regras de bom senso. As antigas ‘rachadinhas’ que faziam parte de um festival espúrio de um financiamento brasileiro foram superadas. Vou tratar com todos os deputados e senadores sejam governistas ou de oposição porque não tenho nenhum problema com isso”, argumentou.

    Quanto às soluções encontradas para a eleição da mesa diretora da Aleac, Tião Viana, garante que não interferiu. “Os deputados descobriram o entendimento e a participação do Governo foi mínima o que me deixa satisfeito. A solução saiu do próprio parlamento e isso é muito bom. A democracia sai fortalecida e nós devemos ter uma relação com todas as instituições do Estado muito positiva. Nos 12 anos do Senado estudei muito o processo legislativo e posso ajudar nas revisões necessárias e os ajustes que possam dar uma nova visibilidade aos deputados. Podemos avançar muito. O Edvaldo Magalhães (PCdoB) fez um grande trabalho e o Élson Santiago (PP) sendo eleito hoje também vai continuar”, finalizou.

    Fonte: agazeta.net

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